27.10.07

O Museu das Civilizações da Anatólia

Museu das Civilizações da Anatólia
O Museu das Civilizações da Anatólia (Anadolu Medeniyetleri Müzesi) está localizado na zona denominada Atpazari (o mercado dos cavalos), a sul do castelo de Ancara, e ocupa dois edifícios otomanos que foram restaurados e adaptados à nova função. Um deles é o Mahmud Paşa Bedesteni e o outro é o Kurşunlu Han.
Pensa-se que o Bedesten (parte de um mercado coberto onde eram armazenadas e vendidas as mercadorias mais valiosas), foi construído entre 1464 e 1471 por Mahmud Paşa, o grão-vizir do sultão Mehmet II, o conquistador. O edifício é composto por uma área rectangular coberta por dez cúpulas no centro e apoiado em quatro pilares. Era rodeado por 102 lojas.
O Kurşunlu Han (grande mercado), localiza-se a Este do Bedesten e terá sido construído por Mehmet Paşa, que sucedeu a Mahmud Paşa no cargo de grão-vizir no reinado do sultão Mehmet II. A sua data de construção é incerta, mas durante trabalhos de restauro realizados em 1946 foram encontradas moedas do sultão Murat II que suportam a tese de que já existia na primeira metade do século XV.
Estes dois edifícios deixaram de ter a sua função original em 1881, devido a um incêndio, e deram lugar ao Museu das Civilizações da Anatólia em 1968.
O primeiro museu de Ancara foi fundado em 1921 por Mubarek Galip Bey, director dos Assuntos Culturais, numa das torres do castelo de Ancara denominada Akkale. Albergava vários objectos recolhidos no Templo de Augustus e nas Termas Romanas de Ancara.


Entretanto, Atatürk sugeriu a criação de um museu dedicado à civilização hitita, e os objectos desse período que estavam guardados em outros museus começaram a ser enviados para Ancara. Surgiu então a necessidade de criação de um museu maior. O dr. Hamit Zübeyir Koşay, director dos Assuntos Culturais, entregou uma proposta a Saffet Arıkan, o ministro da Educação, argumentando que o Kurşunlu Han podia ser utilizado como museu após algumas alterações essenciais. Esta proposta foi aceite e os trabalhos tiveram início em 1938. Os trabalhos de restauro só foram completados em 1968. Contudo, depois do trabalho nas abóbadas centrais do Bedesten ter sido parcialmente finalizado em 1940, iniciou-se o processo de disposição dos objectos para exposição sob a direcção do prof. H.G. Guterbock. A exposição foi aberta ao público em 1943, enquanto as outras partes do museu ainda estavam em construção. O projecto de restauro desta área foi da responsabilidade do arquitecto Macit Kural, e o restauro em si foi levado a cabo pelo arquitecto Zühtü Bey. Em 1948 o museu alargou-se às quatro salas do Kurşunlu Han, cujo restauro tinha sido terminado, e o edifício em Akkale passou a funcionar como depósito. O edifício do museu adoptou o aspecto actual em 1968.
Hoje o Kurşunlu Han é utilizado como secção administrativa. Aí se localizam salas de estudo, biblioteca, uma sala de conferências e um laboratório. O Mahmud Paşa Bedesteni é utilizado como área de exposição aberta ao público.
O Museu das Civilizações da Anatólia está entre os melhores museus do mundo, tendo sido galardoado em 19 de Abril de 1997 com o título de “Museu Europeu do Ano”, entre 68 museus, um prémio atribuído pela UNESCO.



A colecção do museu encontra-se organizada por ordem cronológica, desde o Paleolítico até ao presente. São estes os períodos cronológicos da Anatólia em exibição no museu: Paleolítico, Neolítico, Calcolítico, Idade do Bronze Inicial, Colónias Assírias, Hititas primitivos (Hatti) e Império Hitita, Neo-Hititas, Frígios, Urartos, Lídios, e Época Clássica. Existe também uma secção onde se mostram alguns achados arqueológicos provenientes de Ancara, e uma secção dedicada à joalharia da Anatólia.

Segue-se uma selecção de fotografias, dispostas de acordo com a sequência de visionamento no museu.












































































Entrada e jardim do museu:














3 comentários:

P disse...

Fantástico! Adorei a 'visita guiada'!
Um abraço

Anónimo disse...

Olá, Princesa da Lídia!
Já há algum tempo que não vinha cá, mas tudo por culpa do Ventor! Ele nunca tem tempo e, quando ele não tem tempo, eu também não tenho porque fico de jaela fechada.
Ma gosto da tua lição de cultura que dás a este pessoal e, por isso, tenho de te dar os meus parabéns. São parabéns de gato mas, enfim, quem poderia imaginar de, em pleno séc. XX, haveria um gato a dar os parabéns a uma Princesa do reino da Lídia?
E ainda por cima, um gato plebeu, que aproveita para enviar um bjs. a essa bela princesa de Reino tão antigo e longínquo. Parabéns pelo teu trabalho. Ah, se o Ventor vê isto!
Bjs.

Anónimo disse...

Maravilhoso museu, sem duvida nenhuma.